Os melhores momentos de Robert Downey Jr.

Não acho que Robert Downey Jr. tenha virado um bom ator, da noite para o dia, após emplacar Zodíaco (2007), de David Fincher, e principalmente Homem de Ferro (2008), de Jon Favreau. O fato é que o cara sempre foi talentoso e carismático.

Não sei, talvez o mundo tenha olhado com mais atenção para ele depois disso. Engraçado, é o mesmo caso de Johnny Depp após Piratas do Caribe. Vai entender. De repente, Downey Jr. está trabalhando com o agente mágico que jogou o nome de Orlando Bloom lá em cima há alguns anos e, agora, faz o mesmo por Sam Worthington.

O que importa é que Hollywood está enviando roteiros mais cobiçados para Downey Jr. desde então. E isso é muito bom para ele. E para todos nós, claro. Com a estreia de Sherlock Holmes, que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator (Comédia/Musical), o Hollywoodiano aproveita para relembrar os cinco melhores momentos da carreira (até aqui) do grande Robert Downey Jr. Veja abaixo.

5) Paul Avery, em ZODÍACO

Como o jornalista Paul Avery, do San Francisco Chronicle, que ajuda o cartunista Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal) a desvendar a identidade do assassino conhecido como “Zodíaco”, Downey Jr. dá um show numa busca obsessiva, que o coloca no limite entre a loucura e o profissionalismo. Muita gente torceu para que a Academia reconhecesse sua atuação, mas as indicações ao Oscar não trouxeram seu nome. De qualquer forma, ele ficou feliz, afinal a Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos, do qual este blog faz parte, o homenageou como o Melhor Ator Coadjuvante de 2008.

4) Larry Paul, em ALLY McBEAL

A quarta posição não pertence ao Robert Downey Jr. do cinema. Sua participação na (ótima) série de TV Ally McBeal não marcou apenas seu retorno em grande estilo ao showbiz, após superar uma sequência ingrata de problemas pessoais. Por Ally McBeal, Downey Jr. ganhou um merecido Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, e, de quebra, imortalizou um par perfeito com Calista Flockhart na série, que ainda deixa saudades.

3) Charles Chaplin, em CHAPLIN

Na época em que Robert Downey Jr. não era considerado um bom ator para grande parte de público e crítica, o cineasta Richard Attenborough (Gandhi) se arriscou ao chamá-lo para protagonizar a cinebiografia de Charles Chaplin. O filme não fez justiça à carreira do mito, mas Robert Downey Jr. acertou e saiu ileso. Como Chaplin, ele foi magnífico. Ganhou sua única indicação ao Oscar de Melhor Ator até hoje e teve as portas abertas de Hollywood para um futuro ainda mais brilhante.

2) Tony Stark, em HOMEM DE FERRO

Nas últimas décadas, encarar um herói famoso dos quadrinhos parecia sinônimo de diversão para alguns atores. No caso de outros, até desespero. Não que Robert Downey Jr. não tenha se divertido na pele do magnata Tony Stark, que após uma crise de consciência resolve ajudar os fracos e oprimidos como o Homem de Ferro. Também não sei se Downey Jr. andava desesperado e pronto para topar todas. Mas a verdade é que a aventura dirigida por Jon Favreau funcionou muito bem na telona. E grande parte dos méritos da produção se deve à entrega de Robert Downey Jr. a um papel que, felizmente, marcará sua carreira. E o 2 vem aí…

1) Kirk Lazarus, em TROVÃO TROPICAL

Depois do sucesso de Homem de Ferro, Robert Downey Jr. brilha no papel do ator Kirk Lazarus (loiro e de olhos azuis), que passa por uma cirurgia de pele para interpretar um personagem negro. Em Trovão Tropical, a atuação de Downey Jr. se destaca das demais por causa de sua extrema devoção a um ator fictício que se entrega totalmente a um personagem. Não é uma tarefa fácil.

Downey Jr. não faz comédia gratuita, mas faz o público inteligente morrer de rir com aquilo que seu personagem considera ser a postura e o tom de voz de um negro. Fantástico! E ele, diferente de Ben Stiller e Jack Black, encaixa-se no perfil de atores mais sérios como Ed Norton e Joaquin Phoenix. É um detalhe que torna a sua performance ainda mais admirável. Não por acaso, ele foi indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao SAG de Melhor Ator Coadjuvante.