O verão, a época dos blockbusters, concluiu-se oficialmente nesta segunda-feira (6) com o Dia do Trabalho nos EUA, e as conclusões sobre uma temporada de filmes muito fraca, na verdade, foi o pior resultado de bilheteria em uma década (explicando mais: este ano o resultado seria de 552 milhões de dólares, o pior número desde 1997, que foi 540 milhões).
E só não foi menos porque os ingressos custam mais caro, principalmente por causa do 3D. Mas já estão percebendo que alguns clientes estão preferindo ver o filme no sistema normal, já para reduzir o custo (e isso explica também a safra muito fraca de filmes nesse sistema, inclusive o atual Como Cães e Gatos 2).
Eles explicam o seguinte: para o filme dar certo em 3D ele tem que ter um grande marketing (coisa muito cara), tem que se tornar um evento. E para tornar um filme um evento, afirma matéria de Brooks Barnes, para o NY Times, as expectativas se tornam muito altas. Eles dão como exemplo O Príncipe da Pérsia, da Disney, que todo mundo considera um fracasso, embora tenha rendido cerca de 330 milhões de dólares no mercado mundial!
Ou seja, o filme tem que corresponder à expectativa, não adianta o hype, super promover algo que depois não é tão bom assim. A grande vencedora da temporada foi a Warner, que teve muita coragem de realizar e promover A Origem, um filme difícil, cujo trailer não explicava nada e rendeu já 660 milhões (dólares, sempre). Com a justificativa de que o verão não é feito só de filmes para gente boba.
Foi um bom verão para Leonardo Di Caprio, Angelina Jolie (Salt), Adam Sandler (o filme dele ainda não estreou aqui, Grown Ups), Will Ferrell (que voltou dos mortos como eles dizem com The Other Guys, mas isso para nós não quer dizer muito, porque ele não tem plateia aqui entre nós).
Foi um verão ruim para Nicholas Cage (Aprendiz de Feiticeiro), Michael Cera (Scott Pilgrim), seu quinto fracasso seguido, Tom Cruise, Cameron Dias e Zac Effron (que parece ter enterrado sua carreira com Charlie St. Cloud, que não se sabe ainda se vai ou não estrear em nossas salas).
O filme número 1 do verão foi uma animação (aliás, elas continuam a melhor coisa que se produz atualmente), o encantador Toy Story 3, rendeu já mais de um bilhão em todo o mundo. Iron Man 2, que não era essas coisas, chegou a 312 milhões (e 622 milhões no mundo). Eclipse foi o terceiro, com 298 milhões (e 655 milhões no total).
Dos filmes independentes, o único que foi melhorzinho, foi The Kids are Alright, com 19 milhões de dólares (é considerado êxito quando chega a 30 milhões). Neste fim de semana o fracasso inesperado é da comédia Amor à Distancia, com Drew Barrymore (que é mais ousada que a média) mas nem chegou a 7 milhões
.
Outros fracassos: Sex and the City 2, Jonah Hex, Robin Hood, Get him the Greek, Esquadrão Classe A, Marmaduke (deixando a Fox como o estúdio mais mal-sucedido da temporada). E outros sucessos: Karate Kid, Despicable Me/Meu Malvado Favorito, Shrek Forever After/Para Sempre.
Fonte: R7 ( Rubens Ewald Filho)
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